Ele fez sua estreia este no Rally Piocerá deste ano e quase passou despercebido entre as estrelas da categoria mais forte do motociclismo de regularidade, a máster. Quase, porque mesmo diante da dificuldade do primeiro dia de prova, quando largou na primeira posição – e ser piloto número um é sempre complicado em um rali de longas distâncias como o Piocerá – Cerapió – conseguiu se superar e foi crescendo nas etapas seguintes até subir ao pódio como quarto colocado. Pois gravem bem esse nome, pois Emerson Loth, o Bombadinho, tornou-se pela primeira vez numa carreira de apenas quatro anos o campeão brasileiro de enduro de regularidade. O paranaense de Curitiba já está inscrito para o Rally Cerapió 2014 pela equipe Gil Motos e agora muitos olhares estarão voltados para ele, que também é o campeão Sul Brasileiro da temporada e campeão paranaense, título que também conquistou em 2011. Bombadinho, apelido dado por um amigo, porque, como ele mesmo diz, sempre foi meio gordinho e ‘entroncadinho’, encarou com garra este ano em que tornou-se piloto profissional, embora tenha ficado surpreso com a sua conquista no Brasileiro. “Dediquei-me bastante, tive alguns problemas no começo, então ser o campeão brasileiro foi uma surpresa para mim. No Piocerá, fiquei em quarto. Este ano de 2014, vou com a intenção única de vencer o Cerapió, mas vou tranquilo, andar no meu limite, não mudo muito minha cabeça, vou para participar, como em todas as provas”. A temporada começou dando sinais de que seria muito difícil ultrapassar fortes rivais, como o catarinense Guilherme Cascaes (3º) e o capixaba Jomar Grecco (vice no campeonato). “Logo no primeiro dia do Piocerá perdi tempo, pois larguei primeiro e tive que abrir várias porteiras e fiquei em 13º no primeiro dia. Na segunda prova, o Enduro dos Pampas, fiquei em quarto, após uma pane elétrica, a moto parou de funcionar, após uma queda. Na terceira prova, o Enduro das Cachoeiras, logo com 14 minutos de prova, bati em uma pedra e fiquei sem freio, mas mesmo assim venci, no final. Tive alguns resultados ruins, mas por um problema ou outro, depois foi dando tudo certo e acabei passando na frente”, destacou o piloto que tem patrocínio da Protork, Federação Paranaense de Motociclismo, Adrenalina MX, Orma Motos, MQI Power, Compass, 5inco Adesivos e R2. Com roteiro inédito, o qual percorrerá regiões litorâneas em todos os dias de prova, Bombadinho afirma que conhece pouco a região e o roteiro escolhido para o Cerapió, que contemplará boa parte da Rota das Emoções, envolvendo os estados do Ceará, Piauí e Maranhão. “Eu tenho pelo menos uma noção do que será e acredito que os dois primeiros dias terão menos areia que no último e isso é bom porque o Brasileiro vale pelos dois primeiros dias, mas também não vejo tanta dificuldade em pilotar na areia. No período entre Natal e Ano Novo vou treinar no litoral de Santa Catarina”, frisou. Quanto aos preparativos, a fera afirma que, fisicamente, sempre andou de bicicleta e que somente há uma semana está treinando na academia, como forma de ganhar resistência e perder peso. “A preparação tem que ser total e conto com o apoio da família, especialmente da minha esposa. Com certeza os adversários são capazes de ganhar o Cerapió e são capacitados para isso, da mesma forma creio que eles me veem hoje como um grande adversário”, disse o piloto que disputará o Cerapió numa Kawasaki 450 cc. O Rally Cerapió está com inscrições abertas e conta com co-patrocínio: Governo do Estado do Ceará e Governo do Estado do Piauí, Honda e Hoston Bike; apoio: Michelin; colaboração: Shopping Iguatemi, UCI Cinemas. Ação social: Ótica Jockey e Sesc. Parceiros: Sertão Games, Pag Contas, Vax transportes, Gran Solare Lençóis Resort e Lys Turismo. A supervisão é da Confederação Brasileira de Motociclismo, Confederação Brasileira de Automobilismo e Confederação Brasileira de Ciclismo e das federações de Motociclismo do Piauí, Maranhão e do Ceará e federações de Ciclismo do Piauí, Maranhão e do Ceará.

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