O Paraná é o berço do Motocross no Brasil. Foi na década de 70 que a primeira pista do país foi construída em Curitiba, virando palco de grandes provas. Tudo isso graças a uma turma muito engajada, que está de volta para celebrar o estilo raiz, em um evento que acontece neste fim de semana, dias 13 e 14 de abril, na cidade de Rio Negro, localizada a cerca de 100km da capital.
A ideia é promover um reencontro com os maiores nomes da época, conforme explica Luiz Felipe Campelo, presidente da Associação Paranaense de Pioneiros do Motocross e um dos grandes responsáveis pela estreia do esporte no país. No sábado, serão prestadas homenagens, enquanto que no domingo, uma prova promete agitar os veteranos, que vão de 47 até 79 anos.

“O Motocross de hoje em dia é muito diferente do que vivemos naquela época. A primeira pista do Brasil foi feita na enxada, mas atualmente se usam máquinas de terraplanagem. O traçado exigia força, enquanto que hoje pede técnica. As motos eram brutas para aguentar o tranco, agora são cada vez mais leves. Uma curiosidade é que os Bombeiros pediam para passar arame farpado ao redor do traçado, algo completamente fora da realidade atual. Queremos reviver aqueles anos, faremos exatamente igual”, afirma o entusiasta Campelo.
Um trajeto está sendo especialmente preparado no Parque Esportivo Maximiano Pfeffer. As provas serão divididas por tipos de motocicletas, incluindo modelos recuperados, e idade dos competidores. 26 experientes pilotos já confirmaram presença, inclusive de Santa Catarina e São Paulo. Nomes como Walter Pfeffer (75), Beto Guedes (79) e Celso Seixas (64), participantes das primeiras corridas no Brasil. Até os conhecidos Eduardo Saçaki e Marlon Olsen, colecionadores de títulos nos anos 80 e 90.

O evento servirá como um teste, a ideia é que em breve seja feito algo maior, a nível nacional. “Em julho de 71 fizemos uma pré-estreia na pista, no bairro São Brás, na beira da Rodovia do Café. A primeira prova oficial foi só em agosto. Agora a história se repete, queremos avaliar todos os pontos para que depois seja possível fazermos algo maior, envolvendo os pioneiros de todo o Brasil. Esperamos que tudo dê certo e que possamos manter vivas essas lembranças por muitos anos”, finaliza Campelo.
Confira a lista de pilotos inscritos:

Walter Pfeffer Filho – 52 anos
Walter Pfeffer – 75 anos
Luiz Alberto Dancs – 53 anos
Gaspar João de Matos – 67 anos
Aurely Carlos Antonio – 56 anos
Guilherme Boeing – 53 anos
Elevir Paschuini – 54 anos
Nicolau Bazan – 56 anos
Claudiney Guasti – 54 anos
Carlos Humberto Pilla – 53 anos
Eduardo Saçaki – 49 anos
Fernando Guerra – 57 anos
Beto Guedes – 79 anos
Carlos Murilo Paiva – 58 anos
Marlon Olsen – 47 anos
Antonio Lincoln Berrocal – 60 anos
Gilberto Camargo Cesario – 64 anos
Marcos Roberto Holtman – 60 anos
Ademir José de Almeida – 63 anos
Dirceu Dal Piva – 54 anos
Celsinho Seixas – 64 anos
Valdecir Pascoal Mulato – 60 anos
Osni Lucio – 54 anos
Ademir Silva – 63 anos
Celmo Dzickanski – 57 anos
Carlos Roberto Silva – 64 anos

ID – Assessoria de Comunicação Estratégica
Jornalista Responsável: Daniela Burgonovo
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